Quando descobrimos algo bem legal e inusitado vamos correndo contar a novidade para as amigas na maior empolgação, não é mesmo? Pois bem, queridas Levitantes, dessa vez eu, Dalila neves, vou contar em primeira mão para vocês sobre minha nova paixão: são duas designers de jóias que estão super em alta lá fora. Elas são jovens, super estilosas e fazem peças que fogem totalmente do lugar comum. Talvez, à primeira vista cause um certo espanto, mas depois você olha de novo e começa a achar normal, na segunda vez já acha bonitinho e na terceira já está completamente apaixonada! Apresento a vocês as atuais donas do meu coração (e do meu cartão):
Nascida em berço de ouro e no centro da moda, a italiana Delfina Delettrez é neta da fundadora da Fendi e filha de Silvia Venturini Fendi (quem manda e desmanda na grife junto a Karl Lagerfeld) com o joalheiro Bernard Delettrez. Formada em história do vestuário, a designer de joias fundou sua marca em 2007 e de cara já caiu no gosto dos modernos e personalidades do meio da moda.
Suas criações obtêm ares macabros ou surrealistas e mesclam materiais super luxuosos com um desenho que foge ao estilo clássico. Com muita ousadia e originalidade, esse é o grande diferencial de Delfina que, sem medo, usa uma enorme variedade de materiais como ouro, pérola, prata, ferro, cobre, mármore, cerâmica, madeiras exóticas, vidro, cristal, resina, tiras de couro e pedaços de osso. E dá super certo!
As coleções da designer de joias italiana, que passou a infância entre Roma e Rio de Janeiro, são repletas de flores, caveiras, animais ferozes, insetos venenosos (amo o anel de abelha!) e cruzes. Partes do corpo humano, como olhos, bocas e dedos, também marcam presença, e segundo Delfina, a inspiração vem dos desenhos de Leonardo da Vinci, livros de anatomistas famosos como Andreas Van Vessel e de animações bem humoradas como “Noiva Cadáver” e “O estranho Mundo de Jack”, ambos de Tim Burton.
Suas peças foram apresentadas pela primeira vez na francesa Collete, e atualmente são vendidas em renomadas lojas como a Saks, Dover Street Market e Opening Cerimony. Também podem ser compradas pelo site da marca,
http://delfinadelettrez.com/, que entrega apenas na Itália e Estados Unidos. Infelizmente, por enquanto (vamos cruzar os dedos e pensar positivo, meninas!) ainda não é possível a compra no Brasil.
“Você pode comprar moda, mas não pode comprar estilo”. Essa frase resume bem o lado pessoal e as criações de sua autora, a designer de joias nova-iorquina do Brooklin Pamela Love, que transborda personalidade e atitude. Formada em artes e cinema pela Universidade de Nova York, Pamela iniciou sua vida profissional como assistente do pintor italiano Francisco Clemente e com alguns trabalhos como stylist para publicações de pouca visibilidade. Incomodada com os acessórios que encontrava para fazer as fotos, a jovem começou a fazer suas próprias peças em seu apartamento. Foi então, em 2006, que a designer resolveu ir fundo nessa idéia e fundou sua grife.
E o sucesso veio rápido, pois em 2009 apareceu na Vogue com seus produtos citados na lista de apostas para o verão. E como se não bastasse, em seguida foi convidada pelo diretor Spike Jonze para fazer uma linha de jóias inspirada no filme “Onde vivem os monstros” (animação adaptada do livro infantil de Maurice Sendak), para a multimarcas Opening Ceremony. Mas não acabou por aí, pois Pamela ainda criou jóias, tiaras e cintos especialmente para o desfile de Inverno 2009 de Zac Posen. E em 2010 ela foi citada novamente pela Vogue em uma lista de novos talentos ao lado dos designers Prabal Gurung e Joseph Altuzarra. Um ano depois, recebeu o prêmio CFDA/Vogue Fashion Fund no valor de US$ 100 mil. Para rematar, fez uma coleção de acessórios exclusiva para a britânica Topshop. Era o complemento ideal para ficar conhecida pelo grande público. E nesse mês a nova-iorquina recebeu mais um prêmio: o de melhor designer de acessórios na cerimônia de CFDA Awards 2013. É pouco para você?
Com uma forte pegada setentista no melhor estilo “boho-chic”, as criações da designer de joias têm um ar místico, espiritual e intuitivo. Ela afirma que é fortemente inspirada pela astronomia, astrologia, alquimia, botânica, pelo sudoeste de seu país e pelo folclore americano. Também alia padrões artesanais de tribos do norte da África, da arte popular mexicana e da iconografia européia medieval, o que resulta em coleções únicas, multiculturais e cheias de personalidade. E quase todo o metal utilizado é reciclado.
Entre as peças mais famosas da jovem estão adagas, crânios de pássaros, pontas de lança, escaravelhos, pentágonos, aranhas e unhas de águia. Além do pé de galinha (pode parecer estranho, mas fica lindo) que apareceu em anel e pulseira e foi um grande sucesso.
Assim, tradicionais camisas no xadrez, por vezes flaneladas, vêm acompanhadas da sobreposição: camisas sobrepostas a camisetas, pullovers, cardigãs, suéteres e casacos pesados combinados à peça, entre outras apresentações. No outono/inverno 2013, calças com forro aparente no xadrez ganham destaque, assim como echarpes, bolsas masculinas, sapatos, e produções com padrões diferentes combinados.
